zitovisk

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Poesias Incidentais !!!

Denso, o teu pensamento destila ácido escaldante
Teu aspecto facial e tenso
O olhar distante e frio, fulmina
Por trás dos lábios, os dentes comprimem a língua
As mãos fazem movimentos desconexos.

Lábios
Lóbulos vermelhos,
roseos seios
Saliva, suave desejo
Libido explicito no vicio.

Luas escuras
Sombras da noite
Ventos soturnos
Olhos de medo.

Desalinho os teus cabelos
Com movimentos sutis
Enfio os teus dedos
Sinto a suavidade do teu pulsar
Os fios alinhados
Pelo desalinho
Tremulam ao vento rotativo do ventilador.

Deserto
Caricatas criaturas impuras
Misto de amor, odio e areia.
A figura se mistura
Na miragem quente
Ora camelo, ora naja, ora esfinge
Areia fina, vento
Noite fria, dia quente.

Sugar o teu amor, é engolir
o meu amor
Quando estou contigo
Sonho a realidade de sentir o teu eu
Que é o meu por inteiro.

A mente vagueia entre cores sutis
Há dor, calor e lágrimas
O amor nasce sempre, quando se quer amar
Haverá sempre um canto, um lugar seguro
Uma luz em cada farol.

Um grito corta a imensidão
O momento, paira inerte
A sorte e dita nas cartas de tarô
O rio escorre, levando espuma branca
Não a espuma da paz, mas a do progresso
A moça se faz mulher e contempla...
O seu avermelhado com se fosse um sol poente.

O som do mar me lembra você
O sol das sete me lembra você
Minha imagem refletida na água...
Lembro de você.

Sinto o que sinto
Falo o que falo
Quando calo, sou sério
Quando rio sou Deus.

Existem argumentos e argumentos
O vento, a água, o sol
O homem, o homem o amor.

Com amor se esquece da dor
Sinto teu cheiro e o teu calor
Enrubesço de medo, do sobressalto
Colo meu rosto no teu
A lua não se integra ao sol...

Ato I

Sou doce, acre, salgado...
Sou aroma, Roma, Paris
Sou ninguém, alguém quem?

Ato II

Não sou memória
Não sou história
Sou glória
Não corro o risco
Arrisco, insisto
Não fujo da raia
Equilibro o corpo na ponta dos dedos...

Ato III
Descubro o sol
Douro o pelo
Arde a pele
Descubro a lua
Sinto-a nua na lamina d'água
Entre as sobras da rua, vejo voce
Sigo...

Ato IV

Sorrio livremente
Livro o nó da garganta
Pingos...
Sorriso largo
Deixo sangrar
Lágrimas, água doce, maré...

Ato V

Solto o grito, com ecos
Abro a boca, batom
Solto o desejo, revejo
Dados, luas, cubos, sentido...
Carmim sabor canela.

Ato VI

Noite caliente
Cheiro de gente
Sentido aguçado
Noite calada
Balada blue, fox trote
Sintonia amorfa.

Ato VII

Veias sangrando
Bocas molhadas
Dentes afiados, saliva pingando
Desejos...
Sonhos...
Prazer.

Ato VIII

Sede de som
Olho nú, cheiro no ar
Beijo na boca
Rouquidão
Chopp gelado
Palavras quentes
Amantes, gente...


Vida algo sóbrio, agitado
Fatídico, interessante
Razão de ser, sobreviver
Ouvir, falar, sentir, distinguir
Dividir e se deixar dividir

Neve solo fofo
Sol quente
Água corrente.

Nem laço
Nem papo
Nem nó
Doçura, soluço, amor...

A noite açoita os instintos
Vinho tinto, torta de morango
Ab
ajur azul
Cores fortes
Sorte, corte, direção...

O teu amor fulgás
Corre arrogante
Feito caricatura ambulante
A parte nobre dos teus olhos
Me vem deliciosamente free.

O dedo aponta, esfrega, belisca
Escreve, apaga, liga desliga e cega
A mão apenas penetra na luva que os esconde.






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