zitovisk

sexta-feira, 30 de julho de 2010

As enchentes passaram e nada foi feito, ainda!!


É impressionante como tudo gira em torno da política neste nosso país, faz mais de um mês que aconteceu a tragédia das enchentes, que deixou milhares de pessoas, sem teto, sem documento, sem familia, sem alimentação totalmente sem rumo. O Governo federal anuncia uma verba para reconstrução das cidades mais atingidas, de Alagoas e Pernambuco, mas o que vemos é a solidariedade da população, os donativos chegaram, mas os melhores, foram reservados em algum galpão para servir as eleições. Até hoje ninguém sabe informar ao certo se vai sair casas, onde vão serem erguidas, querem colocar familias que tinham suas vidas, já praticamente estabilizada, com casa própria, trabalho, filhos estudando, hoje estão alojadas nas próprias escolas ou em barracas doadas pelo Governo Inglês e erguidas em lugares, onde pode ser construídas as novas residências, são pessoas desabrigadas, sem uma perspectiva de futuro a curto ou médio prazo. Se existe lugar para construção das casas, dinheiro para tal, o que esta faltando? Não podemos deixar a mercer destes supostos bem feitores, que sucateiam o estado, o município, deitarem e rolarem em cima da miséria alheia. O que pode acontecer e já esta acontecendo, é todo o pessoal que tiveram suas casas ceifadas literalmente pelas águas, voltarem para o seu lugar de origem e reconstruir suas residências em cima dos escombros e permanecerem a espera de uma nova tragédia. É o que já vimos, são pessoas simples que já estão calejadas e acostumadas com a dureza que a sociedade lhe impõe. Constata-se que em União dos Palmares, cerca de mais de 20 familias, vivem em uma antiga colônia prisional, chamada Santa Fé, que de tanta fé, estas pessoas estão lá há mais de10 anos, quando houve uma outra grande enchente, que levou suas casas. Ficaram lá provisoriamente e lá estão até hoje. Algumas famílias que não suportaram a moradia, voltaram para sua antiga residência, ou o que restou dela e as enchentes, mais uma vez os expulsou, são casas a beira do Rio Mundaú, que a defesa Civil condena, mas não toma uma providência séria de construir algo no lugar, para evitar que as pessoas voltem, ou outras que estejam sem residência fixa, ocupem estes lugares.
Enquanto os responsáveis pela reconstrução esta fazendo conchavos com os políticos mais influentes, para ver se é ou não viável gastar o que veio no que realmente é necessário, a população sofre, o atraso se perpetua, Quando ainda criança em 1969, houve uma grande enchente, que devastou várias cidades, ao longo das margens do rios Canhoto e Mundaú, até hoje a cidade mais atingida, que foi São Jose da Laje, não se reergeu totalmente, sendo mais uma vez atingida pelas Águas. Estou citando, explicitamente as cidades de União dos Palmares, Santana do Mundaú, Branquinha, Murici, Rio Largo e tantas outras que fora devastadas e se encontram na mesma condição de abandono e descaso. Até quando vamos ficar parados aguardando a próxima tragédia? Os lugares que foram afetados, se continuarem sem as autoridades competentes tomarem uma providencia, urgente urgentíssima, vão serem retomados e reconstruídos, teremos mais uma tragédia anunciada. Temos lugares onde já estão sendo retomadas a rotina, ou quase retomada, pois entre os desabrigados, casas que foram danificadas pelas águas, estão sendo reerguidas nos mesmo lugares, com ajuda de parentes e amigos, Porque os responsáveis pelos Municípios e Estados atingidos pelas enchentes, não copiam estes exemplos, com todo este recurso que supostamente veio do Governo Federal, já que nada apareceu, ainda, porque não tomar decisões sérias que protejam os cidadão da terrível miséria. A vida é algo maravilhoso, mesmo nestas tragédias vimos a disposição das pessoas que perderam tudo, mas estão ali vivas, procurando reerguer sua vida dignamente.
Atenção sociedade, vamos fazer algo em prol desta causa, temos escolas e crianças paralisadas, ruas inteiras destruídas, vidas e mais vidas necessitando de chances para retomarem a sua rotina normal.
Até quando vamos viver neste estado de inércia?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A atração não precisa de idioma...

Apenas um olhar selou todo o momento...
Não foi amor a primeira vista, claro que não, foi pura atração
Não sei definir, mas senti no amago, toda a expressividade
Na seqüencia, só olhadas timidas, olhadas propositais
Mas, nada de aproximação, apenas olhares velados
Num gesto de bravura ardente, tomei a iniciativa e me joguei
Tudo foi maravilhoso, beijos, afagos, troca de calor corporal
O prazer não demorou muito a chegar, aliás, ele já era prazer ao nos tocarmos.
Juste un regard scellé tout le temps ...
Il n'était pas l'amour à première vue, bien sûr, il est pure attraction
Non définie, mais a estimé le noyau, tous les expressivité
Dans la suite, que timides regardé, regardé motivantes
Mais l'approche de rien, seulement des regards voilés
Dans un geste de courage ardent, j'ai pris l'initiative et a joué
Tout était merveilleux, les baisers, les câlins, l'échange de chaleur corporelle
Le plaisir n'a pas fallu longtemps pour arriver, en outre, qu'il était heureux de toucher

terça-feira, 27 de julho de 2010

Caro Eu...

A distância apenas afasta os corpos, a magia que providencialmente nos colocou frente a frete, continua e cada vez mais viva. Só que com um outro sentido, os erros e acertos foram todos na medida exata. Não podemos lamentar nada, mesmo porque, não tem o que lamentar. O fim de um ciclo das nossas vidas se fechou. Como a roda, o mundo, nós também giramos. Isto não vai ser o começo e muito menos o fim. Veja a sua imagem, não a refletida no espelho mas, a que vê com outros olhos e outro pensamento.
Os atos e fatos que compartilhamos, ainda estão vivos e continuaram latentes, por quanto tempo não sei.
As lembranças continuara por um bom tempo, dentro de nós, dentro de mim em todos os lugares e coisas que tocamos, vai ser sempre lembrado pela nossa permanência.
O som, a imagem a visualização são todos fatos que emanam naturalmente da essência doque sentimos, doque passamos.
Sonhar não inclui a totalidade dos fatos e sim a realidade.
Viver é libertar-se para todo o SER.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

No chuveiro

Irônicamente sorrio, não um riso qualquer, mas um cumprimento ao mundo a vida, um alegre sorriso a cidade.
As sombras dos prédios cortam as avenidas, que num sobressalto explodem em buzinas e a fumaça densa, deixa o ar pesado e opaco.
O delírio do cotidiano é amnésico, o mecanismo insólito que o prova, o renova na mesma proporção e a gama neurótica se reproduz, instantaneamente como num ato de prazer, ou num piscar de olhos.
O mórbido instante de pensamentos lancinantes, tenta construir algo, mas só realiza uma nuvem ímpar e pesada, que circula alucinada na camada do cérebro, sem destino ou parada certa.
Um jato gelado de água, escorre pelo corpo, desbravando todos os caminhos intactos. Os pensamentos que juntos com os pingos d'água se precipitam ralo abaixo, já não tem mais sentido. Não tem mais uma rota segura, um lugar reservado mas, sim um destino ignorado, incerto.
O relaxamento corporal, dispara sua verve animal libidinosa, reanima todos os neurônios, que pulsam como se fosse um novo nascimento. Surgindo um ato sutil e despreocupado, como se uma relação de amor começasse ali e finalizasse naquele instante.
Um afago involuntário, um toque no abajur, o pijama de mangas compridas, uns pingos de uma fragrância cítrica, um sono relaxante e sonhos seqüenciados, embora não lembrados na sua totalidade.
Nas ruas, as sombras, os carros, as pessoas e suas faunas florescem, grandiosamente com suas tribos diversas e pinturas de guerrear, numa confusão mental entre o bem e o mal, num tumulto providencial de inferno e paz.
A lua faz a sua caminhada sem se importar com nada, apenas reflete a sua luz prateada emprestada, fazendo a sua parte. O novo dia se aproxima.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Divagações !!!

No meu cérebro a tua imagem, ainda era fragmentada. Como se eu fosse o vento e você a duna, cheia de nuances e curvas, feito cobra se arrastando no calor do deserto. Meus temores, por maior que fossem não romperam as barreiras do medo. Mesmo com a sombra da solidão, tentando de tudo para penetrar na mente, rondava em todos os sentidos, sem muito sucesso.
Cai corrompido pelo esforço do ato, não sei se o fato ou ato me desorientou, mas a perturbação durou algum tempo, até se dissipar por completo. As vezes achamos estranho viver, são os momentos novos que sempre dão um frio na espinha e entra de alma a dentro sem meio termo. A vida se desenrola como se fosse um novelo de um fio muito fino, que marcasse uma linha muito tênue, entre o real e o irreal ou entre a vida e a morte. Nada se perde nesta imensidão, chamada universo, carnal não somos infinito, mas as nossas ideias e atos, são imortalizados, "supõe-se" que somos finitos, sim quando, realizamos o nosso melhor em vida para deixar para posterioridade.
Quando, estamos ansiosos a realidade fica muito mais clara e confusa, pode ser anulada pelo medo. Porém, podemos invalidar esta realidade, reagindo a esta tensão caotizada, como se um raio de lucidez fosse a tábua de salvação daquele momento.
As vezes não parecemos o que somos, precisamos ir até o limite extremo para reagir, genes da natureza humana.
Em um outro momento é como se escorresse ferro e corrosivo pelas veias, porém a mente continua no seu caminho, rumo ao foco e ao objetivo planejado.
Neste emaranhado de teias, sentimentos e reações, aumenta em nós, aquela certeza que somos mutáveis ao longo da vida.
Como temos o dom de construir, temos o mesmo dom de destruir, seja a natureza a vida ou uma simples pipa.
No granfinale, o homem se desintegra, sem sentimento, sem memória, sem visão apenas o homem em carne, ossos e vira pó.

domingo, 11 de julho de 2010

Espasmos !!!

Ah!!, se a futilidade que envolve a tua mente em preceitos, transformasse tua cabeça num efeito, que quebrasse aos teu dogmas.
Quando na escuridão da tua tensão, explodisse um clarão, as faíscas voadoras de luzes, transformasse o raio e te fizesse ver a realidade.
Ah!! se no calor do corpo e da alma, um disparo sem amarras sacudisse a ilusão, como um tempo impensado, o azul infinito fosse o teu alado e todo o espaço a sensação.
Neste instante o manto da casta liberdade, tremula encobrindo e sacudindo a felicidade, que sorrateira, fica esperando o momento exato da ação.
Num disparo, um estalo surge além em passos cronometrados, despindo o coração deixando-o a mostra.
A vontade de ruir junto com a roupa passa, a fome pela fala enrouquece a voz, deixando-a muda. Os olhos brilhantes em brasas, expressa o que seria o diálogo, numa manobra, tão brusca, que o resto do corpo inerte, sem espaço dispara feito um ponteiro desconexo a perfurar a vastidão dos pensamentos volateis.
Ah!! é tamanha a vontade que embala o corpo em total relaxamento. a mente que agora ativada, rir do tempo que em traços sem linhas, caminha pela trilha das incertas aspirações.
Ah!! Nós em corpos uno se acertassem com as coisas do tempo e conseguisse desdobrar a vastidão do corações. Corpos ligados pela mente, amando sem desespero nem tempo limitado, tornasse a viver a expansão do prazer, sem prazo de validade, sem tensão, sem cobranças.

Sobre a vida !!!

Ilusões

Quando, qualquer sentimento toma conta do emocional, existem uma série de correspondentes que tornam esse momento, mais ou menos suntuoso. Neste determinado instante é que sentimos a necessidade de abrir ou fechar os olhos para a realidade ali estampada. Há portanto, um enorme e profundo desejo de realização, não de algo qualquer, algo simples que esteja ao alcance de todos. Mas, algo de de uma conotação mais avassaladora e expressiva ao sentimento ilusório.

As vezes este sentimento, pode vir em rios de lágrimas ou simplesmente numa tomada de decisão, calma, tranqüila ou ainda num festival de gargalhadas. Neste momento denota-se uma fusão de alegria e tristeza. Durante o seu percurso pelo organismo, a ilusão mesmo abstrata, desloca todos os movimentos nervosos do corpo humano e no seu discorrer não se pode dominá-la. Por se tratar de uma força estupenda com uma enorme grandeza, força tamanha com tanta efervescência, que consegue impulsionar blocos de músculos involuntariamente, tanto para agredir, como para um simples discursar.

Quando uma lágrima escorre pelo leito do rosto rumo ao solo, não esteve contida apenas em um momento, ela foi impulsionada não só pelo ato, mas também, pelo efeito que causou as ilusões.
As ilusões no seu sentido mais amplo e o desabafo silencioso ou ruidoso, que brota de um determinado momento, sem ser ensaiado.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Quilombo dos Palmares, lazer barato, saudável e histórico

Lazer barato, saudável e histórico
Dentre os Quilombos, que foram surgindo ao longo do período escravocrata, um dos mais importantes e mais imponentes do país, foi o de ZUMBI DE PALMARES, localizada na Serra da Barriga, região pertencente ao Município de União dos Palmares, zona da mata do estado de Alagoas - Brasil.
A Serra da Barriga Foi tombada pelo patrimônio histórico e passou a ser cuidada pela Instituição IZP, Instituto Zumbi dos Palmares, temos no topo da serra uma parque temático, que na realidade, só se realiza algo, quase as véspera do dia 20 de novembro, dia Consciência Negra. Este Parque poderia ser utilizado como uma fonte de exploração de renda para cidade, com esta atividade alavancar o turismo, dando mais empregos, principalmente aos remanescestes dos quilombolas. Foi criado o primeiro Parque Temático da América do Sul. Uma réplica do que seria o Quilombo dos Palmares no século XVIII. O acesso é rasoavelmente fácil, dá para subir de carro, de preferência com tração nas quatro rodas, ou até de carro de passeio ou ônibus. O acesso da subida da ladeira, que liga a Serra da Barriga, é todo asfaltado e vigiado, tornando-se desta forma seguro para visitação ao parque. Sem muita exploração por parte da própria população local, e do próprio restante do Estado de Alagoas, o que é uma grande perda de conhecimento da nossa própria história, contamos com guias treinados para fazer este percurso, é só procurar na cidade a Secretaria de Cultura. Mas o Grande barato é juntar uma turma, sair da Cidade de União dos Palmares a pé,levando um guia e subir sem o compromisso nem hora para voltar, a vista panorâmica o Vale do Mundaú e deslubrantemente bela, valeria a pena só por esta bela vista. Sem deixar de esquecer uma camara fotográfica ou filmadora.
É aconselhável sair logo cedinho, levar água e lanche, como frutas ou alimentos mais leves.
Na verdade iremos encontrar um parque, muito bem cuidado, mas não tem restaurante, o maior movimento é dia 20 de Novembro, uma grande quantidade de pessoas vindas de toda a parte do Brasil e do mundo vem reverênciar o dia da Consciência Negra, a noite na cidade tem shows com artistas locais e de outras partes do país, a cidade fica em festa. No alto da Serra os vendedores ambulantes aproveitam para venderem uma grande variedade de produtos alimentícios, como água mineral, água de coco, cocada, tapioca, caldo de cana, pé de moleque, milho assado e cozido, banana, manga e outras frutas da época.
Será uma boa pedida para incentivar o turismo da cidade de União dos Palmares, aderindo a este passeio, uma das cidades atingidas pela catástrofe natural, das enchentes neste outono/inverno em junho e julho de 2010.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Falta Respeito a MÃE NATUREZA


Falta respeito a MÃE NATUREZA

A vida é muito rotativa, nós humanos deveríamos estar preparados para os acontecimentos, que a todo instante surgem. Mas a menor suspeita de algo, nos eleva a um nível de adrenalina tal, que em alguns momentos enfartamos. Isto pode ser evitado se estivermos fortalecidos com alguns cuidados necessários. " Tenho um amigo, que não gosta de receitas prontas". Mas mesmo assim sou teimoso com relação ao bem estar psicofísico, ler, ver um filme, conversar com alguém na rua, ou qualquer outro lugar, seja por telefone, internet, rádio amador ou até mesmo pelo código morse, rsrsrsrsrsrs... Quando a natureza se revela, não é pela sua superioridade, mas pela sua exuberância, algo que ainda não aprendemos a respeitar ou mesmo compreender. Temos tantas ONGS, que defendem o meio ambiente em especial toda sua fauna e flora, mas parece que boa parte da população está cega, surda e muda, continua a produzir e a jogar fora o seu lixo, a caçar os animais, quando não os fazem reféns os mata,a destruir desenfreadamente as florestas e o que resta de verde pelo mundo afora. O resultado nos vemos, quando o fato ocorre do outro lado do planeta, nos ficamos tocados e solidários, mas a distância. Quando o fato é real e no seu país, estado ou município, a realidade é bem diferente, o sentimento de impotência humana é tamanha, que o que nos resta é chorar e chorar, mas depois temos que arregaçar as mangas e correr atrás de toda a lambança que nós mesmos praticamos.
Ser ser humano, nos dias de hoje é muito difícil, mas não é impossível, portanto sejamos coerentes com os nossos anseios mas respeitando o direito do outro e preservando e respeitando a MÃE NATUREZA.

Poesias Incidentais !!!

Denso, o teu pensamento destila ácido escaldante
Teu aspecto facial e tenso
O olhar distante e frio, fulmina
Por trás dos lábios, os dentes comprimem a língua
As mãos fazem movimentos desconexos.

Lábios
Lóbulos vermelhos,
roseos seios
Saliva, suave desejo
Libido explicito no vicio.

Luas escuras
Sombras da noite
Ventos soturnos
Olhos de medo.

Desalinho os teus cabelos
Com movimentos sutis
Enfio os teus dedos
Sinto a suavidade do teu pulsar
Os fios alinhados
Pelo desalinho
Tremulam ao vento rotativo do ventilador.

Deserto
Caricatas criaturas impuras
Misto de amor, odio e areia.
A figura se mistura
Na miragem quente
Ora camelo, ora naja, ora esfinge
Areia fina, vento
Noite fria, dia quente.

Sugar o teu amor, é engolir
o meu amor
Quando estou contigo
Sonho a realidade de sentir o teu eu
Que é o meu por inteiro.

A mente vagueia entre cores sutis
Há dor, calor e lágrimas
O amor nasce sempre, quando se quer amar
Haverá sempre um canto, um lugar seguro
Uma luz em cada farol.

Um grito corta a imensidão
O momento, paira inerte
A sorte e dita nas cartas de tarô
O rio escorre, levando espuma branca
Não a espuma da paz, mas a do progresso
A moça se faz mulher e contempla...
O seu avermelhado com se fosse um sol poente.

O som do mar me lembra você
O sol das sete me lembra você
Minha imagem refletida na água...
Lembro de você.

Sinto o que sinto
Falo o que falo
Quando calo, sou sério
Quando rio sou Deus.

Existem argumentos e argumentos
O vento, a água, o sol
O homem, o homem o amor.

Com amor se esquece da dor
Sinto teu cheiro e o teu calor
Enrubesço de medo, do sobressalto
Colo meu rosto no teu
A lua não se integra ao sol...

Ato I

Sou doce, acre, salgado...
Sou aroma, Roma, Paris
Sou ninguém, alguém quem?

Ato II

Não sou memória
Não sou história
Sou glória
Não corro o risco
Arrisco, insisto
Não fujo da raia
Equilibro o corpo na ponta dos dedos...

Ato III
Descubro o sol
Douro o pelo
Arde a pele
Descubro a lua
Sinto-a nua na lamina d'água
Entre as sobras da rua, vejo voce
Sigo...

Ato IV

Sorrio livremente
Livro o nó da garganta
Pingos...
Sorriso largo
Deixo sangrar
Lágrimas, água doce, maré...

Ato V

Solto o grito, com ecos
Abro a boca, batom
Solto o desejo, revejo
Dados, luas, cubos, sentido...
Carmim sabor canela.

Ato VI

Noite caliente
Cheiro de gente
Sentido aguçado
Noite calada
Balada blue, fox trote
Sintonia amorfa.

Ato VII

Veias sangrando
Bocas molhadas
Dentes afiados, saliva pingando
Desejos...
Sonhos...
Prazer.

Ato VIII

Sede de som
Olho nú, cheiro no ar
Beijo na boca
Rouquidão
Chopp gelado
Palavras quentes
Amantes, gente...


Vida algo sóbrio, agitado
Fatídico, interessante
Razão de ser, sobreviver
Ouvir, falar, sentir, distinguir
Dividir e se deixar dividir

Neve solo fofo
Sol quente
Água corrente.

Nem laço
Nem papo
Nem nó
Doçura, soluço, amor...

A noite açoita os instintos
Vinho tinto, torta de morango
Ab
ajur azul
Cores fortes
Sorte, corte, direção...

O teu amor fulgás
Corre arrogante
Feito caricatura ambulante
A parte nobre dos teus olhos
Me vem deliciosamente free.

O dedo aponta, esfrega, belisca
Escreve, apaga, liga desliga e cega
A mão apenas penetra na luva que os esconde.






Palmeiras da Serra da Barriga, União dos Palmares - Terra de Zumbi - Alagoas/Brasil.